PROTISTAS:
Grupo ao qual pertencem dois tipos de organismos distintos: os protozoários e as algas.
Os protozoários são seres unicelulares, eucariontes, heterótrofos e que obtém seu alimento por ingestão ou absorção.
As algas são seres fotossintetizantes e oxígenos, que vivem em ambientes aquáticos ou úmidos e são bastante simples, podendo ser procariontes ou eucariontes uni ou pluricelulares, porém sem formar tecidos. As algas são muito importantes para a produção de gás oxigênio nos ecossistemas, e são a base da alimentação de muitos animais aquáticos. Também podem ser usadas na alimentação humana e algumas espécies produzem substâncias com importante valor comercial.
Grupos de protistas:
Diplomonadidos e parabasálios: Protistas cujas mitocôndrias sofreram uma mutação que as fez deixar de realizar a respiração. As organelas derivadas das mitocôndrias nesse grupo são os hidrgenossomos (geram ATP de forma anaeróbia e liberam hidrogênio) e os mitossomos (responsáveis pela maturação de proteínas). Os mitossomos pertencem aos diplomonadidos e os hidrogenossomos pertencem aos parabasálios.
Alguns exemplos de organismos desse grupo são: Giardia intestinalis (diplomonadido que causa a doença intestinal giardíase), triconinfas (vivem em mutualismo no intestino de cupins) e Trichomonas vaginalis (causador de doença sexualmente transmissível que também é transmitida por toalhas úmidas contaminadas e banheiros mal higienizados)
Amebozoários: Grupo ao qual pertencem as amebas. Elas locomovem-se por pseudópodos (movimento ameboide), e se alimentam de pequenos protozoários, fungos e algas. As que vivem em água doce possuem uma organela chamada vacúolo contrátil, que expulsa a água em excesso na célula, já as marinhas não possuem essa organela, pois sua concentração de substâncias é a mesma do meio. A maioria das amebas se reproduz por bipartição.
Existem também as amebas parasitas, como por exemplo a ameba que causa a disenteria amebiana (diarreia com muco e sangue, transmitida por água e alimentos contaminados por cistos da ameba)
Foraminíferos: Seres de vida livre, sendo maioria marinha, que se alimentam de pequenos organismos. Possuem um exoesqueleto formado por carbonato de cálcio, areia, espículas de esponjas ou outros materiais inorgânicos. Por causa desse exoesqueleto, são importantes para a geologia, servindo para indicar locais onde há petróleo e para avaliar dados de eras geológicas passadas. Muitos desses exoesqueletos deram origem a rochas sedimentares.
Cineplastídeos: Sua característica é terem um flagelo para deslocamento e uma única mitocôndria na base do flagelo. Alguns possuem vida livre, e os mais conhecidos são parasitas, como o Tripanosoma Cruzi, causador da doença de Chagas, e outras duas espécies que causam leishmanioses.
Euglenoídeos: Os representantes desse grupo possuem dois flagelos e se reproduzem de forma assexuada por divisão binária. Vivem em ambientes aquáticos ou úmidos e sua substância de reserva é um carboidrato chamado paramilo. A maioria dos euglenoídeos são heterótrofos, mas alguns, como a euglena, que dá nome ao grupo, podem fazer fotossíntese.
Ciliados: Protozoários que possuem cílios para locomoção e filtragem de alimento. Um exemplo é o paramécio. A reprodução pode ser assexuada, por divisão binária, ou sexuada, por conjugação. Os ciliados possuem dois núcleos, o macronúcleo, que regula as atividades do organismo, e o micronúcleo, responsável pela reprodução. Para ocorrer a reprodução sexuada, dois indivíduos se combinam, e seus micronúcleos sofrem meiose e se fundem. Não há formação de gametas.
Apicomplexos: Também chamados de esporozoários, são parasitas e se deslocam somente por flexão do corpo. Possuem uma estrutura chamada complexo apical, que serve para fixar-se na célula do hospedeiro. Se reproduzem por esporogonia. Algumas doenças causadas por protozoários apicomplexos são a malária e a toxoplasmose.
Dinoflagelados: São seres aquáticos, que podem ser unicelulares ou coloniais. Em geral, possuem dois flagelos. Alguns são autótrofos e outros são heterótrofos. Uma característica importante é que algumas espécies desse grupo são tóxicas, causando, por exemplo, a maré vermelha, que é a contaminação da água quando se reproduzem descontroladamente.
Diatomáceas: Vivem na água e são fotossintetizantes. Possuem parede celular rígida, feita de compostos de sílica. Essas carapaças permanecem no ambiente após a morte do protista, e são muito exploradas comercialmente.
Algas: São seres fotossintetizantes, e a maioria é pluricelular. Se reproduzem assexuadamente por bipartição (unicelulares) e por fragmentação ou esporulação nas pluricelulares. Também ocorre reprodução sexuada, com formação de gametas por mitose.
Muitas algas são importantes para o ser humano, como a alga vermelha Nori (usada para o preparo do sushi).
FUNGOS:
As características que definem um organismo como pertencente ao Reino Fungi são: parede celular de quitina, hifas, reprodução por meio de esporos e alimentação por absorção de nutrientes do meio.
São seres uni ou pluricelulares, e vivem em ambientes úmidos e ricos em matéria orgânica.
A alimentação dos fungos é feita liberando enzimas digestivas sobre a matéria orgânica ao seu redor, e em seguida absorvendo-a. Existem também alguns fungos predadores, que se alimentam de pequenos nematelmintos capturados por suas hifas vegetativas. A substância de reserva é o glicogênio, a mesma dos animais.
São muito importantes para o ambiente, pois são seres decompositores, e propiciam a reciclagem de nutrientes. Porém, podem causar prejuízos econômicos ao apodrecerem madeiras e alimentos.
Há muitas espécies de fungos que vivem em associação mutualística com outros organismos, como por exemplo associados às raízes de plantas, formando micorrizas (raízes que contém fungos). Os fungos fornecem para a planta parte dos nutrientes que liberam com suas enzimas, e em troca a planta lhes dá açúcares e aminoácidos.
Muitas espécies de fungos podem ser usadas na alimentação, e outras na produção de medicamentos, mas há também algumas extremamente perigosas, pois produzem substâncias tóxicas para o organismo humano.
Algumas doenças causadas por fungos:
● Micoses
● Sapinho
● Candidíase vaginal
● Histoplasmose
Os fungos pluricelulares possuem uma estrutura que é comum a todas as espécies: Seu corpo é formado por filamentos delgados muito finos chamados hifas. Há dois tipos de hifas, as cenocíticas (formadas por uma massa citoplasmática única com vários núcleos) e as septadas (com divisões internas). As hifas são revestidas por parede celular (ver imagem no livro p. 222).
O conjunto de hifas se chama micélio. Existem 2 tipos de micélio, o vegetativo e o reprodutor. As hifas do micélio reprodutivo ficam geralmente debaixo do substrato, e absorvem alimento.
O micélio reprodutor é formado por hifas que fabricam esporos reprodutivos. O micélio reprodutor de muitos fungos possui estruturas especiais chamadas corpos de frutificação, que são hifas estéreis que envolvem as hifas reprodutoras para protegê-las. O cogumelo é um exemplo de corpo de frutificação (ver desenho da p. 223)
A reprodução dos fungos é na maior parte do tempo assexuada, com a produção de esporos com carga genética igual à do fungo primário. Se as condições do meio eventualmente se tornarem adversas, ocorre a reprodução sexuada. A distinção entre os tipos de fungos ocorre principalmente com base em como ocorre sua reprodução sexuada. Os tipos de fungos são:
Zigomicetos: Possuem representantes unicelulares ou pluricelulares com hifas cenocíticas. Um exemplo desse grupo é o bolor do pão. Sua reprodução assexuada ocorre nas extremidades das hifas, onde esporângios dispersam esporos no ar. Já na fase sexuada ocorre a formação de gametângios, que possuem gametas haploides. Com a fusão de dois gametângios, forma-se o zigósporo, que contém esporos formados de maneira sexuada.
Ascomicetos: Grupo com o maior número de espécies. Possui espécies unicelulares ou com hifas septadas.
Alguns são extremamente importantes na produção de antibióticos, já outros são muito perigosos. O fungo do qual é extraída a penicilina faz parte desse grupo.
Em relação à reprodução, os ascomicetos unicelulares se reproduzem por brotamento ou por bipartição.
A reprodução sexuada ocorre por células chamada ascos, que possuem dois núcleos haploides, que se fundem formando um diploide. Depois, ele se divide por meiose, se transformando em 4 núcleos haploides, o que propicia uma variação genética. Quase todos os ascomicetos possuem corpos de frutificação, os ascocarpos.
Basidiomicetos: Possuem representantes unicelulares ou com hifas septadas. Seu esporo sexuado se chama basidiósporo, e é formado em uma pequena estrutura chamada basídio. O processo é bastante semelhante ao dos ascomicetos, com a diferença de que os núcleos haploides formados no basídio ficam armazenados em sua parte mais externa, enquanto nos ascomicetos é no interior. Também possuem corpos de frutificação, que nesse caso se chama basidiocarpos.
NEMATELMINTOS:
Exemplo: Lombrigas
São seres triblásticos e pseudocelomados.
Seu corpo é alongado, cilíndrico e fino, com as extremidades mais finas que o centro.
A maioria é de vida livre, mas há espécies parasitas, que serão estudadas mais detalhadamente.
Possuem tamanhos diversos, com espécies variando de 1 mm a 40 cm.
A maioria possui sexos separados e diferenças entre os sexos, sendo a fêmea geralmente maior que o macho. Sua reprodução ocorre por cópula, ou seja, a fecundação é interna. O macho elimina espermatozoides pela cloaca, o mesmo orifício das fezes, já a fêmea possui orifícios separados para excreção e reprodução. Após a fecundação, os ovos são armazenados no útero da fêmea e, quando eclodem, surge uma larva que troca de pele à medida que cresce.
A “pele” assim chamada, é a cutícula, que tem função muito importante no corpo dos nematelmintos. Nas espécies que vivem no solo, protege contra o atrito com partículas do meio, enquanto que nos parasitas a cutícula protege contra enzimas e substâncias secretadas pelo hospedeiro.
Doenças causadas pelos nematelmintos:
Ascaridíase: Causada pela lombriga Ascaris lumbricoides, que vive no intestino humano e lá se reproduz. Os ovos são eliminados ao defecar, e podem contaminar outros seres humanos, que os ingerem através de água ou alimentos contaminados.
Ancilostomose (amarelão): Causada pelo ancylostoma duodenalis, é uma larva presente no solo úmido, que penetra no corpo humano pela pele. As larvas percorrem o corpo humano e se alojam no intestino, onde se tornam adultas. Possuem estruturas cortantes na região da boca, que provocam ferimentos no intestino. Os ovos são eliminados quando o hospedeiro defeca, recomeçando o ciclo.
Bicho Geográfico: Causado pelo Ancylostoma braziliensis, são, na verdade, nematelmintos parasitas de cães e gatos, que possuem esses vermes em seu intestino. As larvas estão presentes nas fezes desses animais, e, caso penetrem na pele humana, se deslocam por baixo dela, causando coceira, irritação e marcas avermelhadas. No ser humano, não ocorre o desenvolvimento do verme adulto, portanto o ciclo não se completa.
Filariose: Causada pela Wucheria bancrofti.O parasita vive nos vasos linfáticos (capilares) dos seres humanos, e deposita seus ovos na corrente sanguínea. Quando o mosquito Culex pica um ser humano contaminado, ele se torna transmissor da filariose, e infectará outros seres humanos com os ovos do verme com sua picada.
A presença dos vermes nos vasos linfáticos causa o entupimento deles, o que, em casos graves, pode levar à elefantíase, que é um inchaço anormal de algumas partes do corpo (ver figura no livro p. 283)
Oxiuriose/enterobiose: Os vermes vivem no intestino humano, e lá se reproduzem. As fêmeas com ovos ficam próximas à região do ânus, causando intensa coceira. Se o indivíduo coçar o local, contaminará as mãos com ovos e poderá reinfectar-se se levar a mão à boca, ou infectar outras pessoas. É uma doença mais comum em crianças.
MOLUSCOS:
São animais de corpo mole, que possuem simetria bilateral, são triblásticos e formam celoma em seu desenvolvimento embrionário (celomados).
Seu habitat é a água (doce u salgada) ou locais úmidos, pois esse filo ainda não possui as adaptações necessárias para evitar a perda de água.
O corpo dos moluscos é dividido em: cabeça, massa visceral e pé. Nas espécies que possuem concha, essa é secretada pelo manto/pálio, que é a parte externa do corpo. Algumas espécies possuem no mando uma cavidade, chamada cavidade palial, onde ficam o ânus, os poros excretores, os dutos das gônadas (reprodução) e ocorrem as trocas gasosas.
Há moluscos que respiram por brânquias, outros por pulmão e outros por respiração cutânea.
Na cavidade bucal dos moluscos, excetuando-se os bivalves, há uma estrutura chamada rádula, que é composta por dentes que raspam o substrato para obter alimento.
O sistema digestório é completo, e o cardiovascular é aberto.
Quanto à reprodução, há espécies hermafroditas e com sexos separados, e há grande variedade de formas de reprodução.
Existem 7 classes de molusco, mas serão estudadas apenas as 3 mais relevantes, que são : gastrópodes, cefalópodes e bivalves.
Gastrópodes:
Exemplos: Caramujos, lesmas
É a classe com o maior número de espécies de molusco, e a única com representantes em todos os ambientes. Todos os moluscos terrestre fazem parte desse grupo.
Possuem a região cefálica bem desenvolvida, com olhos e tentáculos.
Muitos gastrópodes possuem concha externa, mas em alguns ela é ausente. As espécies dentro desse grupo são muito variadas, sendo difícil definir características que se apliquem a todo o grupo.
Cefalópodes:
Exemplos: Polvos e lulas
Todos vivem no ambiente marinho, e existem espécies de tamanhos variados.
Alguns possuem concha, mas não é regra.
Seus olhos são muito desenvolvidos, formam imagens e distinguem cores.
O “pé” dos cefalópodes é modificado, e aparece na forma de tentáculos saindo da cabeça, por isso o nome do grupo.
Também possuem uma estrutura chamada funil/sifão, por onde eliminam jatos de água para se locomover por jatopropulsão. O funil também serve para, em situações de ameaça, jogar nos predadores uma tinta escura que fica armazenada na massa visceral.
Na classe dos cefalópodes, os sexos são separados e a fecundação é interna. Depois, as fêmeas colocam ovos, que quando eclodem liberam indivíduos completamente formados.
Bivalves:
Exemplos: Ostras e mexilhões.
São moluscos com corpo achatado, e protegidos por uma concha com duas metades iguais. Vivem no ambiente aquático, sendo que alguns são livres e outros se fixam a um substrato.
Sua cabeça é pequena, e não possuem rádula, por isso alimentam-se de pequenas partículas presentes no meio, captadas por cílios.
A respiração dos bivalves é através de brânquias, que possuem cílios. As brânquias também ajudam na obtenção de alimento, pois filtram as partículas que entram na cavidade palial. O alimento filtrado é então levado até a boca, onde é ingerido.
A reprodução dos bivalves varia de espécie para espécie, mas em muitas ocorre uma fase de larva antes de chegar ao espécime adulto.
Por serem seres filtradores, os bivalves acabam concentrado eventuais toxinas e poluentes contidos no meio, por isso podem ser utilizados como bioindicadores da qualidade da água. Também são utilizados na alimentação humana e algumas espécies produzem pérolas.
A produção de pérolas ocorre quando corpos estranhos penetram entre o manto e a concha dos bivalves, e é um mecanismo de defesa. O animal recobre a partícula estranha com camadas de nácar, para isolá-la do contato com seu corpo.
Resumo feito por Elisa Fink
Bons Estudos!
Apresentação
Bem vindo ao blog Avante ensino Médio! Este blog é escrito por alunas do 2º ano do Ensino Médio, e tem o objetivo de ajudar os estudantes da turma a estudarem para as provas semanais. Postaremos toda a semana resumos dos conteúdos para auxiliar nos estudos.
Embora baseados nos livros escolares e em sites confiáveis, não garantimos que nossos resumos sejam 100% confiáveis, pois não somos professoras. Não recomendamos usar o blog como único material de estudos, mas como um complemento dos materiais da escola.
Esperamos que o blog seja útil para seu aprendizado. Bom proveito!
terça-feira, 1 de maio de 2018
Provão de Biologia - 2° bi
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